PAIXÃO

O ser racional se torna irracionalizado
Não pensa em mais nada, apenas em si e no objeto de sua paixão
Se perde nos devaneios da ignorância
Morre sem saber vivendo a morte todos os dias
É a prova mais substancial da infantilidade do ser, 
A prova mais cabal da idiotia que ainda lhe resta
Lançar-se nela é tornar-se idiota a ponto de reestabelecer-se em sua animalidade mais primitiva
Mais profunda... Nasce a violência
Daí vir os sentimentos mais primitivos e animalescos, retornam aos mesmos instintos que ainda torna o homem um ser desprezível.
São possuídos pelo demônio da objetalização do ser: aquele sentimento intrínseco dos débeis de pensar serem donos do outro. Sentem-se possuidores do outro da relação: Meros débeis. 
Estão correndo atrás do vento e logo ali serão destruídos por si mesmos,
Pelos sentimentos de raiva, rancor e ira que portam em suas mentes doentias
Sou sábio e trago uma cura aos enfermos passionais: Uma meia doze de razão e de amor.
Não se confunda amor e paixão. No humano a paixão pode ser doentia e saudável, é dicotômica 
Cabe ao ser escolher qual das duas modalidades seguirá, mas isso é para os maduros, os que não se deixam contaminar com a primeira opção: infelizmente a primeira é a mais requisitada.
Escapar da paixão é coisa para os fortes, para os sapientes, para os que compreendem que mergulhando uma vez nesse rio não se volta a ser como antes, 
Essas águas penetram o ser até as suas mais profundas feridas, abrindo-as e dilacerando-as... 
Ferindo-as novamente
É um eterno retorno a idiotia desmesurada
A morte de si mesmo sendo.


                                                                 Dalmo Santiajo Jr  

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